Qual o caminho que uma obra de arte pode fazer desde a sua criação, no final dos anos 60, até os dias de hoje? Este é o argumento do documentário sobre o conjunto de cinco serigrafias criadas por Carlos Vergara. Trata de como as serigrafias, de alguma forma afetam e fazem parte da vida dos seus felizes proprietários, além de mostrar como essa relação é diferente e influenciada pela história pessoal de cada um deles.
Este filme está sendo exibido no festival de cinema do Rio. Não percam.
Imagine nascidos e criados juntos, praticamente inseparáveis, freqüentaram a escola tiveram a mesma educação e profissão.Viveram as mesmas emoções, alegrias,sofrimentos, grandes paixões, mas mesmo assim não entram em acordo.
Travam um duelo mental silencioso cujo resultado pode ser determinante.
Quem vai ganhar esta queda de braço?
O primeiro, meio individualista e metódico, preso ao passado e ligado no futuro, sendo assim ansioso,preocupado,controlador não gosta de ariscar.O segundo, coletivo vive o momento, aventureiro adora o risco um pouco fantasioso e bastante criativo, otimista acha que tudo vai dar certo.Qual hemisfério vai predominar, ou vão acabar misturados?
O cérebro acomoda essa dualidade tente facilitar sua tarefa.
Pensando em Ready Made, Arte Conceitual, Pop Art, acabei encontrando em minha garagem um tijolo.
Qual é sua proposta ?
O que quer declarar?
O que podemos fazer com essa representação material?
O jardineiro : um belo vaso de flores.
Um pintor: transformaria em uma tela.
O escultor: um escultura cheia de interioridade.
O agressor: uma arma mortal.
Para mim: a construção de um novo caminho
Em um aforismo, Nietzsche nos leva a conclusão que a melhor maneira de conhecer algo ou alguém, é como se fossemos um passageiros de trem passando rapidamente por uma estação repleta de pessoas assim conhecemos através dos instintos não nos deixando infectar por preconceitos, raciocínio, idéias ou educação.
Agora na minha experiência realmente conhecemos uma pessoa durante uma aventura, por exemplo:
Dando uma caída no mar, fazendo uma trilha de bicicleta ou um tracking , o que vai importar serão somente as qualidades e defeitos que vão a tona durante a atividade vivida. Não importa o status social, profissão ou conta bancária nos mostramos nesses momentos realmente como verdadeiramente somos, nossas máscaras e armaduras caem e realmente se da o encontro verdadeiro.
Muitos cientistas pensadores sempre afirmaram que o corpo do homem era o mais débil de todos os seres vivos. Não levaram em consideração o poder que a metamorfose e transformação deste ser, este corpo pode sofrer com o implacável trabalho cotidiano, superando privações de sono, fome, sede, superar doenças terminais, bater recordes, tudo isso de uma maneira surpreendente.
O corpo é capaz de nos ensinar a ter coragem quando dropamos a maior onda da série, a ser determinados e pacientes quando completamos uma travessia a nado, aprendemos a ter ética com a simples pelada do final de semana. Ele nos diverte ao balançar em uma gangorra, ao dançarmos ludicamente e nos dar enorme satisfação através do vai-e-vem dos amantes, o corpo brinca e liberta.
Ele é espontâneo, instintivo e nos livra das amarras e das fraquezas da mente, do medo, insegurança, angustias, ciúmes, invejas, preguiça, ou seja sentimentos de negatividades e obscuros.
Aprenda a filosofar através do corpo, deixe ele exercer o seu poder, não o aprisione.
Enxergar através das aparências, dos objetos, sentimentos, fenômenos, estes não existem sem a nossa mente, e a maneira como percebemos pode ser enganosa, temos que nos livrar dos preconceitos, vícios e repetições de padrão. Ver como os acontecimentos são verdadeiramente é uma conquista a ser perseguida.